terça-feira, 21 de setembro de 2010

UNIVERSIDADE E ESCOLA: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO VIA DE MÃO-DUPLA

Recentemente acadêmicos de educação física da UFSC realizaram um exercício de estágio em uma escola municipal da rede de ensino de Florianópolis, e como tarefa produziram o Projeto Político Pedagógico da Educação Física desta escola.

Apresentarei agora uma série de ítens que compuseram este trabalho, que agora tornou-se artigo (publicado na Revista Brasileira de Ciência do Esporte)

a) Introdução e Visão de Área
O texto inicia destacando o fato de a LDB 9394/96 ter tornado a Educação Física um componente curricular integrado ao projeto pedagógico da escola, ressaltando a importância e as responsabilidades decorrentes disso, já que historicamente a Educação Física foi concebida como atividade, limitada à sua dimensão prática e utilitarista.
Para situar o campo, é identificado o seu objeto de estudo e de intervenção na chamada cultura corporal , mas alertando para o fato de que a tematização de suas diversas manifestações no âmbito escolar precisa passar por uma transposição didática para constituírem-se em conteúdos pedagógico-educativos. Sintetiza afirmando que o conhecimento “da” Educação Física na escola é, ao mesmo tempo, um “saber-fazer”, um “saber sobre o saber-fazer” e um “saber-porque-fazer”.

b) Organização curricular em ciclos
Conforme consta no texto, a organização curricular da Educação Física foi pensada de acordo a nova legislação sobre o ensino fundamental em nove anos e o que orienta o PPP da escola, ou seja, cinco anos iniciais e quatro finais, assim constituídos: do 1º ao 3º ano – Bloco inicial de Alfabetização; do 4º ao 5º ano – Anos Intermediários; do 6º ao 9º ano – Anos Finais.
Embora sem abandonar a referência às séries/anos, o documento propõe pensar a seleção e organização dos conteúdos da Educação Física sob a forma de ciclos de formação, a partir do entendimento do processo de ensino-aprendizagem dos alunos, conforme exposto tanto na já citada obra do Coletivo de Autores (1992), quanto na constituição do ensino fundamental em nove anos, acima mencionada. Nesse sentido, o primeiro ciclo (do 1º ao 3º ano) corresponde ao ciclo da organização da identidade dos dados da realidade. O segundo ciclo (do 4º ao 5º ano) relaciona-se a iniciação da sistematização do conhecimento. E por fim, o terceiro ciclo (do 6º ao 9º ano) condiz a ampliação da sistematização do conhecimento, reorganização e síntese.
Dessa forma, buscando contribuir com o desenvolvimento integral dos estudantes, a partir de conhecimentos que consideram a heterogeneidade como uma força motriz da aprendizagem escolar (FETZNER, 2005), cada ciclo integra e amplia o precedente num movimento contínuo e espiral, sendo tais conhecimentos trabalhados de maneira simultânea.


Daiane Raquel Viero Ricken
Fernanda Fauth
Filipi Flor Teixeira
Lucas Barreto Klein
Priscila Cristina dos Santos

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