Meu filho,
craque de bola?
Momento
deve respeitar aspectos formativos e educativos, e crianças devem conviver com
o esporte de forma prazerosa, lúdica, sem rótulos e cobranças.
Por
Eduardo Zanello de Paula e Silva
"Já
nasceu com a bola no pé...".
"Observa
meu filho...".
"Não
é porque eu sou pai dele, não, mas é um craque de bola, joga muito...".
"Ele
só precisa de uma oportunidade...".
"Não
entendi por que o técnico tirou ele de campo, estava jogando tão bem...".
"O
treinador não gosta dele...".
"Panelinha,
aqui só joga filho de diretor...".
"Aqui
pra jogar tem que pagar...".
Essas
frases, ouvidas nos corredores das escolinhas de futebol e mais tarde nos
centros de treinamento das categorias de base dos clubes, indicam a trajetória
que a grande maioria dos garotos percorre no mundo da bola. Afirmativas
corriqueiras e frequentes dos pais que, inconscientemente, pressionam os seus
filhos e, na maioria das vezes, querem que os filhos sejam aquilo que eles não
foram.
Durante
a fase de iniciação esportiva os objetivos dos pais com relação aos filhos não
devem superar os aspectos voltados para recreação, saúde e convívio social. Se
tornar um jogador de futebol, um atleta de alta performance, fica para um
segundo plano, deve ser consequência e não finalidade.
Devemos
repensar as atitudes sobre cobrança e responsabilidade que jogamos precocemente
nos ombros dos pequenos "atletas". O momento deve ser formativo e
educativo, e eles devem conviver com o esporte de forma prazerosa, lúdica, sem
rótulos e cobranças.
Como
bem diz o meu amigo e especialista em iniciação esportiva, professor Fabrício
Moreira Filgueira, a criança é um ser em formação e não um pequeno adulto.
Fica
aqui o alerta para os pais (nos incluímos também): não queiram se realizar
profissionalmente na figura de seus filhos. Cabe a nós a função de informar,
educar e apoiar. A vontade e a escolha do caminho profissional a ser seguido
deve ser deles.
Att. Comissão técnica Avaí F.C
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